O situs inversus é uma condição genética rara que se caracteriza pela completa transposição dos órgãos. Os exames endoscópicos nestes doentes são frequentemente desafiantes, particularmente a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE).
O momento de realização da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) pode ser influenciado por vários factores (estabilização hemodinâmica, controlo de factores de coagulação, co-morbilidades). O nosso objectivo foi comparar a evolução clínica dos doentes que realizaram CPRE antes e após 72h de internamento.
A CPRE é uma das técnicas endoscópicas mais complexas. O enorme potencial terapêutico associa-se a possibilidade de insucesso clínico e complicações.Várias sociedades de endoscopia propuseram indicadores de qualidade para a realização deste procedimento.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um dos procedimentos endoscópicos tecnicamente mais exigentes e com maior risco de complicações. Apesar de ser realizada em vários centros em Portugal, não existem dados prospectivos sobre a qualidade da sua execução. Os autores reportam os indicadores de qualidade num centro hospitalar terciário, focando-se particularmente nas complicações.
A CPRE é uma das técnicas endoscópicas com maior taxa de intercorrências. Objetivos: avaliar a incidência de intercorrências pós CPRE e documentar os fatores de risco para pancreatite pós CPRE (PPC).
A colangiopancreatografia retrógada endoscópica (CPRE) é um procedimento tecnicamente exigente, com um risco importante de complicações, algumas das quais graves. O objetivo foi avaliar a prevalência de complicações após a realização de CPRE assim como fatores preditores para a sua ocorrência, num centro de referenciação terciário.
A colangiopancreatografia retrograda endoscópica é uma técnica que utiliza simultaneamente a endoscopia digestiva e a imagem fluoroscópica para diagnosticar e tratar doenças associadas ao sistema biliopancreático. A colangiopancreatografia retrograda endoscópica é uma técnica que utiliza simultaneamente a endoscopia digestiva e a imagem fluoroscópica para diagnosticar e tratar doenças associadas ao sistema biliopancreático.
A CPRE em doentes com anatomia cirurgicamente modificada é tecnicamente difícil, podendo o enteroscópio auxiliar na progressão entérica e no acesso à papila e árvore biliar. Contudo, o sucesso técnico da CPRE-SBE varia entre 55-100% sendo várias as razões para a sua falência. O uso do rendez-vous com PTC é uma técnica útil para permitir o alcance da papila.
A realização de CPRE nestes doentes é um desafio, sendo a dimensão da ansa jejunal superior ao alcance dos duodenoscópios standard. A CPRE com utilização de enteroscopia de duplo balão é uma possibilidade mas com baixas taxas de sucesso em papilas nativas, devido à dimensão longa da ansa jejunal, pequeno calibre do canal de trabalho e ausência de elevador do aparelho. A abordagem conjunta de CPRE por via transgástrica apresentada é uma alternativa com melhores resultados comprovados. A não disponibilidade de enteroscopia no nosso Hospital, a experiência e coordenação dos intervenientes foram decisivos na escolha da opção terapêutica.
A CPRE com a colocação de prótese é uma técnica minimamente invasiva de 1ª linha para o tratamento de obstruções biliares. Apesar da sua elevada segurança e eficácia, existem doentes em que esta não é possível, mesmo quando realizada por endoscopistas com experiência em CPRE. A maioria destes casos está relacionada com tumores que invadem o duodeno, não permitindo o acesso do duodenoscópio à 2ª porção duodenal ou o reconhecimento da papila major. Nestas situações as drenagens biliares por ecoendoscopia, são uma opção válida em centros com endoscopistas experientes em CPRE/ ecoendoscopia e recursos materiais e humanos adequados. Neste vídeo pretendemos ilustrar 3 variantes desta técnica (coledocoduodenostomia, hepatogastrostomia, prótese anterógrada transpapilar), cuja experiência a nível mundial é ainda limitada, dado o elevado nível de dificuldade associado.