“Tratamento do carcinoma hepatocelular” é o tema de uma das sessões previstas no programa da Semana Digestiva 2019, cuja moderação está a cargo do Prof. Doutor Armando Carvalho. O especialista sublinha a importância da “discussão entre ressecção cirúrgica e transplantação hepática”, sendo “duas excelentes opções para determinados tipos de carcinoma ainda em fase inicial”. Assista ao vídeo.
O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é a 3ª causa de morte oncológica. O Sorafenib está aprovado para o CHC avançado, com impacto na sobrevida.
As atuais guidelines recomendam a realização de ecografia abdominal semestral para rastreio de carcinoma hepatocelular (CHC), independentemente da etiologia da doença hepática. O "Toronto HCC risk index"(THRI) é um score desenvolvido recentemente para predizer o risco de CHC a longo prazo,validado na população canadiana e holandesa.O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade do THRI na predição do risco de CHC na população portuguesa.
A alfa-fetoproteína (AFP) é o biomarcador mais testado no rastreio do carcinoma hepatocelular (CHC). Recomendações recentes da AASLD reconsideram o doseamento de AFP para rastreio. O objetivo deste estudo foi avaliar o papel da AFP no rastreio do CHC. Pretendeu-se avaliar a incidência de CHC tal como a taxa de diagnóstico precoce, tratamento curativo e sobrevivência a longo prazo.
As hepatites víricas crónicas são fatores de risco estabelecidos para cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC). Em Portugal, não existe um processo sistemático que nos permita estimar a mortalidade atribuída às hepatites vírícas. O objetivo foi estimar a proporção de doentes com cirrose e CHC associados às hepatites víricas.
Os novos antivíricos de ação direta (AAD) alteraram o paradigma de tratamento da hepatite C crónica, permitindo taxas de cura elevadas e com poucos efeitos adversos. No entanto, algumas publicações sugerem um aumento da incidência de carcinoma hepatocelular (CHC) “de novo” ou recorrente em doentes com resposta virológica sustentada (RVS) após tratamento.
O vírus da hepatite B é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular (CHC). A terapêutica com os análogos nucleosídicos/nucleotídicos permite atingir a supressão vírica na maioria dos doentes, embora o seu efeito no desenvolvimento de CHC permanece ainda indeterminado. O objetivo do nosso estudo foi avaliar a incidência e fatores de risco para o desenvolvimento de CHC em doentes com hepatite B crónica.
O risco de carcinoma hepatocelular (CHC) em doentes com cirrose hepática após erradicação do vírus da hepatite C (VHC) com antivíricos de ação direta (DAA) permanece pouco claro. Neste estudo, pretendeu-se avaliar a incidência anual de CHC e os fatores de risco associados.
Os autores descrevem este caso pela excelente evolução clínica, superando o prognóstico previsível desta neoplasia com uma resposta invulgar à terapêutica com sorafenib. O downstaging que se verificou permite equacionar a possibilidade de transplantação hepática em segunda linha; no entanto, esta é discutível dada a escassez de experiência reportada neste contexto e a boa evolução sob terapêutica molecular.
O risco de carcinoma hepatocelular (CHC) após eliminação da hepatite C com antivíricos de acção directa (AADs) permanece pouco claro, nomeadamente em indivíduos com cirrose hepática. O objectivo do estudo foi determinar a incidência anual de CHC e factores de risco num coorte de doentes com cirrose hepática, após tratamento com AADs.