O tratamento da infeção pelo genótipo 3 do vírus da Hepatite C (VHC) tem sido o mais desafiante na recente era dos antivíricos de ação direta (DAA’s). Os autores descrevem a experiência de um centro terciário no tratamento da infeção pelo VHC (genótipo 3) na era dos DAA’s.
Os novos antivíricos de ação direta (AAD) alteraram o paradigma de tratamento da hepatite C crónica, permitindo taxas de cura elevadas e com poucos efeitos adversos. No entanto, algumas publicações sugerem um aumento da incidência de carcinoma hepatocelular (CHC) “de novo” ou recorrente em doentes com resposta virológica sustentada (RVS) após tratamento.
Nos últimos anos ocorreram vários ensaios clínicos com diferentes classes dos novos antivíricos de ação direta para a Hepatite C crónica (VHC). Apesar de terem permitido tratar vários doentes, levantam-se questões sobre os critérios de seleção e efeitos adversos. Pretende-se descrever a experiência de um centro em estudos de fase II e III sobre tratamento da VHC.