A tatuagem endoscópica é uma técnica amplamente utilizada para facilitar a identificação de lesões colorretais em procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos subsequentes. No entanto, tem sido associada a complicações significativas, incluindo peritonite. Adicionalmente, a realização de tatuagem muito próxima às lesões pode levar a dificuldades técnicas por fibrose associada, com consequentes procedimentos endoscópicos laboriosos, e podendo contribuir inclusive para perfuração intestinal. De facto, as partículas de carbono podem-se disseminar ao longo de uma distância significativa na submucosa, sendo recomendada a sua realização 2-3cm distalmente às lesões. A UEMR é uma técnica útil nas lesões de difícil exérese, inclusive em contexto de fibrose. Este é o primeiro caso relatado da utilização da técnica de UEMR em lesão com fibrose secundária a tatuagem endoscópica.