A pancreatite aguda representa uma doença complexa e potencialmente fatal cujo curso clínico pode ser altamente variável. Ao longo dos anos, vários sistemas de classificação foram desenvolvidos procurando alocar os doentes em diferentes escalas de gravidade. Estes scores não se encontram validados para a população portuguesa.
Os scores de classificação atuais da pancreatite aguda dão especial importância ao desenvolvimento de necrose pancreática. Contudo as outras complicações locais podem teoricamente influenciar o prognóstico.
Os critérios de Atlanta recentemente revistos alteraram a perspetiva acerca das coleções líquidas (CL) no contexto da pancreatite aguda (PA) e a história natural destas coleções reclassificadas não se encontra ainda definida.
A nova Classificação de Atlanta para a pancreatite aguda (PA) enfatiza a presença de complicações locais. O seu desenvolvimento deve ser suspeitado quando há aparecimento de disfunção de órgão e/ou SIRS.
O gene NOD2 está envolvido na resposta imune inata e as suas mutações têm sido associadas a algumas doenças inflamatórias como a doença de Crohn e, mais recentemente, com o aumento do risco de infeções e neoplasias. Relativamente ao pâncreas, existe apenas um estudo que revela associação de um dos polimorfismos a pior prognóstico da pancreatite aguda (PA).
A pancreatite aguda é uma forma rara de apresentação de hiperparatiroidismo primário. Apesar da fisiopatologia da pancreatite induzida pela hipercalcémia não ser ainda totalmente conhecida, existem vários mecanismos propostos: deposição de cálcio nos ductos pancreáticos com subsequente obstrução ductal, ativação do tripsionogénio do parênquima pancreático e suscetibilidade aumentada à hipercalcémia conferida por determinadas mutações.
O volume plaquetar médio (VPM) é um representante da actividade plaquetária e tem sido estudado como marcador inflamatório. O seu valor na pancreatite aguda (PA) permanece controverso.
Muitos dos mecanismos fisiopatológicos da Pancreatite Aguda (PA) continuam desconhecidos apesar dos inúmeros estudos de investigação realizados ao longo das últimas décadas. Os modelos experimentais são uma excelente ferramenta para o estudo da fisiopatologia da PA. O objetivo deste estudo foi a validação de quatro modelos experimentais de PA em murinos.
A pancreatite aguda(PA) está associada ao Síndrome da resposta inflamatória sistémica, com mortalidade considerável. Os scores da gravidade existentes envolvem múltiplas variáveis, alguns completos 48h pós-admissão. O Coeficiente de variação eritrocitário (CVE) é uma análise simples, rotineira, que parece estar relacionada com a inflamação.
A neoplasia do pâncreas é causa de pancreatite aguda (PA) em 2-7% dos casos. O diagnóstico é habitualmente estabelecido por TC, recomendada em todos os casos de PA de causa não esclarecida após os 40 anos. O papel da ecoendoscopia (EUS) após um episódio isolado de PA de causa não esclarecida não está totalmente definido. Este estudo teve como objetivos analisar o perfil dos doentes com PA como apresentação inaugural de neoplasia pancreática e determinar como foi estabelecido este diagnóstico.