Esta Comunicação visa partilhar o percurso no desenvolvimento de competências ao nível do enfermeiro especialista de reabilitação no Serviço de Gastrenterologia, concretamente, na área da CPRE. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um procedimento endoscópico complexo, realizado sob anestesia geral. Assim, com recurso a uma equipa de enfermagem piloto, elaborou-se um projeto de intervenção com vista à mudança das práticas no âmbito da Implementação de planos de intervenção para redução de risco de alterações aos níveis motores, sensorial, cognitivo, cardio-respiratório.
A CPRE é uma técnica terapêutica importante para um vasto leque de indicações pancreatobiliares. Habitualmente, a canulação da Papila de Vater é conseguida em 95% dos doentes, no entanto em doentes com modificação da anatomia gástrica e/ou duodenal, esta encontra-se menos acessível tornando o procedimento mais complexo. De facto, o procedimento apresenta desafios no atingimento da ansa cega, na canulação da papila/anastomose e na realização de procedimentos terapêuticos. Adicionalmente, os endoscópios atualmente utilizados neste grupo de doentes são adaptados, havendo poucos acessórios específicos para a CPRE em doentes com anatomia modificada. Em doentes com anastomose hepatico-jejunal a taxa de sucesso de canulação é de aproximadamente 75%, a qual é bastante mais limitada quando em contexto de complicações, tais como estenose. Os autores apresentam o caso pela sua complexidade e iconografia ilustrativa singular.
A hemobilia constitui uma complicação rara (<5%) após colocação de TIPS, sobretudo recobertos. Contudo, após a criação deste shunt e perante evidência de hemorragia digestiva alta a hemobilia deverá ser considerada como diagnóstico diferencial. No presente caso, o caráter intermitente da hemorragia poderá ter impossibilitado a terapêutica endovascular. A utilização da CPRE nestes casos não está padronizada, sendo uma possível ferramenta de recurso, neste caso com sucesso terapêutico.
A citologia esfoliativa guiada por CPRE tornou-se o método mais utiizado, embora com limitações, na avaliação diagnóstica inicial de doentes com estenoses biliares. O objectivo do estudo foi verificar se o uso sistemático de 10 passagens com escova melhora o rendimento diagnóstico de citologia esfoliativa guiada por CPRE de estenoses biliares.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica(CPRE) representa um procedimento crucial na abordagem da patologia biliopancreática. No entanto, a sua realização em doentes com anatomia gastro-entérico-biliar alterada cirurgicamente(AAC) constitui um desafio. Pretendeu-se assim avaliar a eficácia desta técnica endoscópica avançada em doentes com AAC.
A citologia com escova em estenoses da via biliar(VB) apresenta baixa sensibilidade para a deteção de neoplasia. A realização de biópsias sob controlo fluoroscópico poderá aumentar a taxa de deteção de malignidade.A citologia com escova em estenoses da via biliar(VB) apresenta baixa sensibilidade para a deteção de neoplasia. A realização de biópsias sob controlo fluoroscópico poderá aumentar a taxa de deteção de malignidade.Objetivos: avaliar a sensibilidade e acuidade da citologia com escova durante CPRE e verificar o aumento da taxa de deteção de estenoses biliares malignas com a realização de biópsias.
Recentemente foram publicadas guidelines internacionais acerca da canulação biliar e estratégias de prevenção de pancreatite pós-CPRE (PPC). Em Portugal, existe pouca informação acerca destes tópicos. Avaliamos em Portugal (1) as estratégias de canulação biliar e as suas determinantes; (2) as estratégias PPC e as suas determinantes; (3) modelo de aprendizagem do pré-corte para acesso selectivo biliar.
A migração de clips após a cirurgia é um evento raro. Ocorre em média 2 anos após a colecistectomia. A apresentação clínica é idêntica à coledocolitíase primária e secundária, podendo ser um fator de risco para o desenvolvimento de cálculos na via biliar principal. A CPRE é a técnica terapêutica de escolha.
Os autores salientam a iconografia dos cálculos impactados na papila no momento da CPRE, tão semelhante nos 2 casos, mas que se apresentaram com quadros clínicos de gravidade distinta, ambos tratados endoscopicamente de forma eficaz.
Os coledococelos, ou quistos do colédoco tipo III (Todani), são dilatações da porção intraduodenal do ducto biliar comum. A sua ocorrência é rara e as pancreatites são a sua complicação mais comum. Distinguem-se dos restantes quistos do colédoco pela sua apresentação tardia e baixo risco de malignização. O diagnóstico é geralmente feito por Tomografia Computorizada, Ressonância Magnética Nuclear, ecoendoscopia ou CPRE e o seu tratamento passa por drenagem endoscópica ou resseção cirúrgica.