A remoção endoscópica de cálculos grandes da VBP em doentes com gastrectomia Billroth II é difícil e complexa. Nestes doentes existem vários desafios a ultrapassar. O primeiro consiste na colocação do endoscópio em segurança junto à papila major. Em seguida é necessário fazer uma canulação da VBP numa anatomia em que a via biliar tem uma orientação inversa. No caso de ser diagnosticado um cálculo de grandes dimensões, as dificuldades aumentam exponencialmente. Descrevemos uma técnica com grau de complexidade III demonstrando várias adaptações técnicas para assegurar o êxito do tratamento.
Nesta imagem em Gastrenterologia apresentamos o vídeo de 4 doentes com parasitoses biliares, diagnosticadas e tratadas por colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), numa série de mais de 3000 CPREs realizadas num serviço de Gastrenterologia (prevalência <0,14%).
Em 2016, um artigo de revisão sobre adenomas biliares da árvore biliar extra-hepática, reporta apenas 25 casos na literatura. Em nenhum caso a apresentação ocorreu sob a forma de pancreatite aguda. Para além da raridade da patologia, o caso demonstra a necessidade de considerar outros diagnósticos, para além do cálculo impactado, quando se observa uma papila tumefacta em CPRE, especialmente quando na ecoendoscopia se observa uma imagem no interior da VBP sem cone de sombra.
Relatamos este caso com iconografia ilustrativa, para demonstrar a importância do acesso pouco habitual à via biliar principal por fistulotomia na resolução de obstrução condicionada por estenose cerrada da porção terminal da via biliar principal pelo ampuloma.
A citologia com escova é realizada de forma sistemática durante a CPRE na avaliação de estenoses da via biliar(VB), contudo apresenta baixa sensibilidade para a deteção de neoplasia. O objetivo deste estudo foi verificar se a realização de biópsias da VB aumenta a taxa de deteção de estenoses malignas.
A CPRE é uma das técnicas endoscópicas mais complexas. O enorme potencial terapêutico associa-se a possibilidade de insucesso clínico e eventos adversos (EAs). Competência deve envolver taxas de sucesso elevadas e EAs baixos.
De acordo com as guidelines da ASGE, os doentes com alto risco de coledocolitíase devem realizar colangiopancreateografia (CPRE). Estas guidelines aplicam-se apenas a doentes não colecistectomizados, não existindo recomendações para doentes sem vesícula. Neste grupo, as considerações diagnósticas podem ser diferentes visto que o cutt off de 6mm para a dilatação da via biliar principal (VBP) pode ser inapropriado. O objetivo deste trabalho é avaliar a aplicabilidade dos critérios da ASGE para realização de CPRE nos doentes colecistectomizados.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um dos métodos de primeira linha na abordagem de fístulas biliares iatrogénicas. Em doentes submetidos a colocação de prótese biliar, o timing e método ideal de remoção é controverso. Com o presente trabalho pretendemos avaliar a eficácia da CPRE e identificar doentes nos quais a repetição de CPRE pode não ser necessária.
Com o aumento da esperança média de vida a proporção de idosos com coledocolitíase vai aumentar e com isso a necessidade de colangiopancreatografia endoscópica (CPRE). As recomendações atuais sugerem colecistectomia em todos os doentes com coledocolitíase, no entanto, a adesão a estas recomendações em doentes idosos é baixa. O objetivo deste trabalho é aferir o benefício da colecistectomia após CPRE por coledocolitíase nos doentes com mais de 75 anos.
Este caso destaca-se pela sua raridade e pelo envolvimento multidisciplinar que acarreta, com a participação e articulação de várias especialidades, salientando-se o papel da Gastrenterologia na realização de CPRE em idade pediátrica.