A Hepatite Alcoólica Severa (HAS) tem indicação para corticoterapia (CT). A resposta à CT é avaliada ao 7º dia usando o LM. Os efeitos adversos da CT, nomeadamente risco infeccioso, são uma preocupação na prática clínica. Um estudo recente demonstrou que o cálculo do LM ao 4º dia é tão fidedigno como ao 7º. Este achado requer validação.
Até um terço dos doentes com colite ulcerosa aguda grave(CUAG)não irão responder à terapêutica com corticoides(CT)EV, requerendo terapia de resgate com Ciclosporina(Cy), Infliximab(IFX)ou colectomia. Embora existam vários scores preditores de resposta à corticoterapia, desconhece-se qual o mais eficaz na prática clínica.
O objetivo foi avaliar a capacidade preditiva do índice PCR/albumina à admissão na resposta à CCT EV em doentes com CUAS.
A candidose hepato-esplénica é maioritariamente diagnosticada em doentes com doenças hematológicas malignas sendo o seu diagnóstico frequentemente difícil pela ausência de resultados microbiológicos positivos e achados histológicos. A terapêutica deste SRI com corticóides permitiu a resolução dos sintomas e subsequente continuação da quimioterapia. Os autores descrevem o caso por se tratar de uma entidade rara que deve ser considerada perante imagem multinodular hepato-esplénica, sendo ainda de particular interesse a boa resposta clínica e analítica observada após início de corticoterapia.
A LHIF é um efeito adverso raro que pode cursar com icterícia, falência hepática e, ocasionalmente, morte. A rápida suspensão do fármaco responsável é a principal estratégia terapêutica. Apesar de fenómenos de autoimunidade ocorrerem na LHIF, os corticóides não estão por rotina recomendados no seu tratamento. No entanto, no caso apresentado e em alguns trabalhos publicados na literatura, a corticoterapia pode ter um papel benéfico, particularmente nos doentes sem melhoria após suspensão do fármaco responsável.