Fernanda Maçoas, da Unidade Local de Saúde do Baixo Vouga (Aveiro), participou na sessão dedicada à “Endoscopia Verde”, destacando a sua relevância não apenas para a Gastrenterologia, mas para todo o sistema de saúde. “É fundamental que todos os organismos se consciencializem dos problemas e identifiquem áreas de intervenção. Esta sessão foi exatamente isso: um momento de reflexão sobre os desafios e caminhos possíveis”, sublinha.
Segundo a especialista, as quatro apresentações que compuseram a sessão permitiram traçar um retrato claro das dificuldades atuais e apontaram diferentes direções para a mudança. “É um tema novo para muitos de nós, no sentido em que só agora começa a ganhar forma. Mas, na verdade, é um problema antigo que estamos finalmente a verbalizar e a enfrentar”, afirma.
Para Fernanda Maçoas, a verdadeira transformação vai muito além da sala de endoscopia. “Isto é uma consciência para a vida, para o nosso trabalho e para o nosso dia a dia. Não basta identificar e projetar soluções, é preciso agir, mudar comportamentos, envolver mais parceiros e lançar um repto sério às entidades públicas e políticas para que tornem viável esta transição”, garante.
A especialista deixa uma mensagem clara: “A maior dificuldade é, sem dúvida, fazer. Porque isso implica mudar a prática clínica de forma profunda. Mas não podemos esperar que sejam apenas os outros a mudar, todos temos de fazer parte da solução.”
A Semana Digestiva 2025 decorreu entre os dias 28 e 30 de maio, no Pavilhão Multiusos de Gondomar.