Pedro Moutinho Ribeiro, do Hospital de São João e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, presidiu uma sessão dedicada à ecoendoscopia, promovida pelo Grupo Português de Ultrassons (Grupo US), centrada em casos complexos e fora do habitual. “A ecoendoscopia nem sempre é tão linear”, afirma, destacando o foco em técnicas avançadas e situações clínicas inesperadas.
A sessão dividiu-se em dois momentos. O primeiro, mais técnico, abordou formas de evitar ou lidar com insucessos, com intervenções de Filipe Vilas-Boas sobre drenagens peripancreáticas e de Manuel Pérez-Miranda sobre anastomoses gastroentéricas. O segundo centrou-se em aspetos clínicos menos previsíveis, com Miguel Bispo a falar sobre tumores neuroendócrinos pancreáticos de pequenas dimensões e Andreia Rei sobre quistos pancreáticos mucinosos, ambos com potencial de evolução maligna.
“Foi das mesas de ecoendoscopia nos últimos anos que mais me deu prazer em estar a participar,”, refere Pedro Moutinho Ribeiro, lamentando apenas o tempo limitado da sessão. “Ficaram muitas perguntas por fazer, o que mostra o interesse da audiência”, conclui.
O especialista aproveitou ainda o momento para destacar o lançamento oficial do livro “Contrastes em Ultrassonografia Digestiva”, um manual prático ilustrado, dirigido à utilização de contrastes ecográficos em contexto digestivo.
A Semana Digestiva 2025 decorreu entre os dias 28 e 30 de maio, no Pavilhão Multiusos de Gondomar.