O conhecimento dos tumores malignos do intestino delgado é limitado pela sua raridade, diversidade histológica e maior dificuldade na sua investigação. O interesse por estes tumores tem aumentado paralelamente à crescente incidência.
Apesar de entidades raras, a incidência dos tumores malignos do intestino delgado está a aumentar. O desenvolvimento da cápsula endoscópica e da enteroscopia assistida por balão permitiram um avanço na avaliação das lesões do intestino delgado. O objetivo foi descrever as características clínicas e patológicas dos doentes com neoplasias malignas do intestino delgado e averiguar o papel que estas técnicas endoscópicas assumem atualmente.
O linfoma gástrico da zona marginal e do tecido linfóide associado às mucosas, linfoma gástrico MALT (LGM), associa-se a infecção por Helicobacter pylori (HP). A ocorrência de segundos tumores malignos (TM), nomeadamente carcinoma gástrico, parece estar aumentada nesta população. Contudo, os dados disponíveis são controversos. Pretende-se determinar a incidência de segundos TM em doentes com LGM que alcançaram a remissão.