Cerca de 5% das pancreatites agudas (PA) são causadas por neoplasia do pâncreas, podendo preceder o seu diagnóstico em semanas ou meses. Este é habitualmente estabelecido por TC, recomendada em todos os casos de PA de causa não esclarecida após os 40 anos. Foi objectivo do presente estudo analisar a prevalência de neoplasia pancreática e/ou vias biliares em doentes com PA.
O cancro do pâncreas é a sexta causa de morte oncológica em Portugal. A mortalidade é sobreponível à sua incidência. A incidência de neoplasia do pâncreas poderá estar a aumentar. Uma maior taxa diagnóstica, o envelhecimento da população e a prevalência de factores de risco (tabagismo, obesidade, alcoolismo) são apontados como possíveis explicações. O objectivo deste trabalho consistiu em caracterizar do ponto de vista epidemiológico os últimos 25 anos do cancro do pâncreas na população portuguesa.
A neoplasia do pâncreas é causa de pancreatite aguda (PA) em 2-7% dos casos. O diagnóstico é habitualmente estabelecido por TC, recomendada em todos os casos de PA de causa não esclarecida após os 40 anos. O papel da ecoendoscopia (EUS) após um episódio isolado de PA de causa não esclarecida não está totalmente definido. Este estudo teve como objetivos analisar o perfil dos doentes com PA como apresentação inaugural de neoplasia pancreática e determinar como foi estabelecido este diagnóstico.