Pensa-se que as anomalias da motilidade esofágica terão um papel na patogenia da doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE). No entanto, a frequência destas alterações nestes doentes e respectivas implicações na sua abordagem terapêutica permanecem mal definidas.
A dor torácica não cardíaca constitui um desafio diagnóstico e terapêutico. A patologia esofágica é responsável pela maioria dos casos, principalmente no contexto da doença de refluxo gastro-esofágico (DRGE). As alterações motoras do esófago encontram-se numa minoria destes doentes, sendo diagnosticadas por manometria e tendo uma abordagem terapêutica individualizada.
A manometria de alta resolução (MAR) veio permitir uma avaliação mais fácil e reprodutível do esfíncter esofágico superior (EES), contudo a sua avaliação não é feita por rotina e não está contemplada nos critérios de Chicago (CC). Estão descritas na literatura alterações do EES em doentes sintomáticos e assintomáticos, sendo o seu significado clínico incerto.