O excesso de peso/obesidade é prevalente na população, causando alterações deletérias no organismo. O tecido adiposo é rico em mediadores inflamatórios, nomeadamente a interleucina-6 (IL6), que tem um efeito sobre o metabolismo, contribuindo para o risco cardiovascular. Pretende-se analisar se a cirurgia bariátrica terá uma efeito favorável nos níveis de IL6 nos doentes com obesidade.
A obesidade está associada a um estado inflamatório crónico secundário a alterações da produção de adipocinas. Uma dessas adipocinas é a adiponectina, com efeito anti-inflamatório que parece estar diminuida nos doentes com obesidade, com riscos e consequências importantes. A cirurgia bariátrica é uma técnica actualmente reconhecida para o tratamento da obesidade, com efeito favorável na perda de peso e no perfil metabólico. Pretende-se analisar se a cirurgia bariátrica tem efeito favorável nos níveis de biomarcadores inflamatórios nos doentes obesos.
Tem vindo a ser reportado uma associação entre a obesidade e o aumento dos niveis da hormona tiroestimulante (TSH). Um dos mecanismos sugeridos é a influência das adipocinas, nomeadamente da adiponectina. A cirurgia bariátrica é uma técnica actualmente reconhecida para o tratamento da obesidade, com efeito favorável na perda de peso; no entanto, não está esclarecido qual o impacto do pós-operatório na função tiroideia. Pretende-se avaliar as alterações da TSH e da tiroxina livre (fT4) na população de obesos submetidos a cirurgia bariátrica.
Na tarde do dia 22 de junho, caberá à Prof.ª Doutora Carla Rolanda a moderação da sessão "Gastrenterologia e o doente bariátrico", em conjunto com o Dr. John Rodrigues Preto. A especialista do Hospital de Braga comenta, em entrevista, a importância da discussão deste tema no fórum nacional da Gastrenterologia. Veja o vídeo.
O SG laparoscópico é um procedimento destinado ao tratamento de obesidade mórbida, cuja complicação mais deletéria é a deiscência anastomótica, tipicamente localizada na junção esofagogástrica. As próteses cobertas criam uma barreira física, permitindo a cicatrização da deiscência. Apesar de eficazes em 88% dos doentes, as principais limitações são a migração distal e a hipertrofia da mucosa.
A prevalência da infecção por Helicobacter Pylori (H.P.) na população Portuguesa ronda os 80%. O seu potencial ulcerogénico e carcinogénico tornou prática comum o seu rastreio e erradicação previamente à cirurgia bariátrica. Recentemente, a relação entre este patogéneo e vários distúrbios metabólicos tem sido alvo de atenção.
A dificuldade de avaliação endoscópica do remanescente gástrico em doentes após cirurgia bariátrica constitui uma realidade que preocupa a comunidade médica. No entanto a realização de Endoscopia Digestiva Alta (EDA) pré-operatória em todos os doentes não é ainda consensual, tratando-se de doentes maioritariamente jovens e com baixo risco neoplásico.