Apesar da larga difusão nos países orientais, a dissecção endoscópica da submucosa (DES) no colon continua a ser limitada a poucos centros europeus e recomendada somente em casos bem selecionados. A isto se deve os bons resultados da mucosectomia com ansa (EMR), sendo a DES tipicamente mais laboriosa e associada a maiores taxas de complicações. Contudo o tratamento de lesões recidivantes, normalmente associadas a non lift-sign por fibrose extensa, inviabiliza muitas vezes uma excisão por EMR sendo a tentativa de excisão por DES uma opção válida em centros de referência

O método de tração de clip com fio está descrito para facilitar a disseção endoscópica da submucosa em circunstâncias em que a exposição da camada submucosa é difícil, melhorando o campo de observação e encurtando o tempo de procedimento. Neste caso, dado não ser possível o acesso ao cárdia para controlo da hemorragia pelo facto da retroversão do endoscópio se ter relevado insuficiente com o endoclip no canal de trabalho, utilizou-se esta técnica para criar tração no sentido oral e dirigir os endolips para a escara, possibilitando a sua correta colocação. Apresenta-se o caso pela inovação da aplicação da técnica numa situação não descrita previamente, potencialmente grave e com sucesso.

A colocação de próteses em estenoses localizadas além do limite de inserção da endoscopia convencional é tecnicamente difícil porque o sistema introdutor da prótese é mais largo e curto que o canal de trabalho do enteroscópio, inviabilizando o método “through-the-scope”, que é a técnica preferencial nestes casos. O uso do overtube funciona como um canal de trabalho, diminuindo a formação de ansa do sistema introdutor e permitindo a colocação de PMAE “over-the-wire” por enteroscopia no intestino delgado.

“Tornar-se o grande fórum da Gastrenterologia nacional em todas as suas dimensões” é, nas palavras do Prof. Doutor Guilherme Macedo, o objetivo major da Semana Digestiva 2018. Contudo, o presidente da reunião adianta que este evento vai para além da dimensão médico-científica, assumindo também um importante papel social. Assista ao vídeo da entrevista.

"Hepatologia, ciência sem fronteiras" é o lema escolhido para o Curso Pós Graduado que decorrerá no primeiro dia da Semana Digestiva 2018.

A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) associa-se, uma vez mais, à organização da Semana Digestiva 2018. A presidente da APEF, Prof.ª Doutora Adélia Simão, apela à participação de todos os especialistas, com especial enfoque para os que se interessam pelas doenças do fígado e das vias biliares.

Um dos objetivos do Curso Pós-Graduado da Semana Digestiva 2018 passa por "fazer a ponte entre o fígado e a endoscopia", aproximando hepatologistas e gastrenterologistas, explica a Dr.ª Susana Lopes, especialista do Centro Hospitalar de São João e membro da Comissão Organizadora da edição deste ano. Veja o vídeo. 

A Semana Digestiva é uma reunião "procurada por centenas de médicos" e que já faz parte do "repositório de reuniões nacionais" de referência, garante o Prof. Doutor Luís Tomé, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. O especialista convida todos os colegas a marcar presença no principal evento da Gastrenterologia nacional, que decorre de 20 a 23 de junho, no Porto.

A pouco mais de um mês da Semana Digestiva 2018, o Prof. Doutor Guilherme Macedo faz algumas revelações sobre o programa científico desta edição, cuja versão provisória já se encontra disponível para consulta aqui. De acordo com o especialista, o programa será “muito dirigido para as diferentes áreas do conhecimento da Gastrenterologia" e que irá "refletir as várias abordagens" que existem no universo gastrenterológico. 

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