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Resumo do caso: Reporta-se o caso de uma doente do sexo feminino, com 71 anos de idade, que recorreu ao Serviço de Urgência por quadro de dor epigástrica com irradiação para o dorso e náuseas com 1 dia de evolução. Dos antecedentes destacou-se rinite alérgica, hipertensão arterial e alergia à penicilina, sem consumo de álcool ou tabagismo. Estava medicada com claritromicina há 5 dias por infeção respiratória ligeira. Ao exame objetivo destacou-se dor à palpação do epigastro.

Analiticamente apresentava leucocitose (15.9 ×109/L) e elevação de lípase (1075 UI/L). Realizou ecografia abdominal que não mostrou alterações de relevo, nomeadamente sem sinais de litíase ou dilatação das vias biliares. Os doseamentos do cálcio sérico e triglicerídeos estavam dentro dos valores de referência e as serologias virais e testes imunológicos foram negativos. Após descontinuação da claritromicina verificou-se uma rápida melhoria clínica e laboratorial e teve alta ao terceiro dia de internamento. Realizou posteriormente tomografia computadorizada abdominal que não mostrou alterações.Motivação: Vários fármacos foram implicados no desenvolvimento de pancreatite aguda, sendo este diagnóstico etiológico um desafio para qualquer médico uma vez que se trata de um diagnóstico de exclusão. Apresentamos um caso de pancreatite aguda que, após excluídas outras etiologias, foi atribuída à toma de claritromicina. O inico de sintomas pouco tempo após o início da toma deste fármaco e uma rápida melhoria clínica após a sua descontinuação também suportam este diagnóstico. A pancreatite aguda secundária a claritromicina é extremamente rara, existindo a nosso conhecimento menos de 10 casos descritos na literatura.

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