Métodos: Foram analisados, retrospetivamente, os dados clínicos de doentes submetidos a TVE por deiscência após cirurgia esofágica.Resultados: Foram incluídos 7 doentes, sendo 6 do sexo masculino. Em 5 deles foram utilizados kits comerciais, enquanto que nos 2 primeiros, foram utilizados sistemas de esponjas preparados pelos endoscopistas (kits manuais). Todos, exceto um, foram submetidos a esofagectomia por neoplasia; 4 doentes foram submetidos a quimiorradioterapia neoadjuvante e 2 apenas quimioterapia. O tamanho médio do orifício foi de 18mm (média de 26,71mm). O tempo médio entre diagnóstico de deiscência e o primeiro tratamento foi de 124 dias (mediana de 44). Foram realizados uma mediana de 11 tratamentos por doente. Obteve-se resposta ao tratamento em 6 doentes (3 dos quais com encerramento completo do orifício da deiscência); um dos doentes com resposta parcial foi submetido a colocação de prótese esofágica. Excluindo os 2 doentes com fístulas crónicas (>2 meses), em todos os restantes foi obtida pelo menos resposta parcial.Durante os tratamentos realizados, foram registadas duas complicações: uma migração de esponja e uma fragmentação (kit manual), manejadas endoscopicamente. Face a contraindicações anestésicas, o tratamento num dos doentes teve de ser interrompido.Conclusão: A TVE parece ser um tratamento seguro e eficaz para o manejo de fístulas anastomóticas após cirurgia esofágica. No entanto, estudos controlados com um número maior de doentes são necessários para definir algoritmos de tratamento.