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A hemorragia digestiva não varicosa é a causa mais comum de hemorragia digestiva alta, e os doentes sob terapêutica anticoagulante e/ou antiagregante representam um desafio clínico.

Analisaram-se retrospetivamente todos os casos de hemorragia digestiva alta não varicosa (diagnóstico principal) que ocorreram no ano de 2021, a fim de compreender as caraterísticas dos doentes e o impacto do uso de anticoagulantes e antiagregantes. Um total de 87 casos de hemorragia digestiva alta não varicosa foram analisados, 58 em doentes do sexo masculino e 29 em doentes do sexo feminino, com uma idade média de 73,45 anos. Vinte e seis doentes estavam medicados com anticoagulantes e dezassete com antiagregantes, estando oito com terapêutica dupla. A média de hemoglobina dos doentes à admissão era de 8,02±1,35 g/dL, e 49,4% dos doentes necessitaram de transfusão com até 1 unidade de concentrado eritrocitário. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas no que respeita à hemoglobina à admissão, necessidade transfusional ou mortalidade aos 3 meses em doentes com ou sem terapêutica antiagregante ( t(85)=0,188, p=0,335); Mann–Whitney U=544, p=0,569; Χ2(1)= 0,046, p=0,83, respetivamente) e no que respeita à hemoglobina à admissão, necessidade transfusional ou mortalidade aos 3 meses em doentes com ou sem terapêutica anticoagulante (t(85)=1,361, p=0,225); Mann–Whitney U=963, p=0,1; Χ2(1)= 1,689, p=0,194, respetivamente).O uso de antiagregantes e anticoagulantes não se associou a outcomes clínicos desfavoráveis na amostra de doentes analisada.

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