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Homem, 78 anos, com antecedentes de adenocarcinoma in situ do cólon submetido a hemicolectomia direita há mais de 15 anos. Efetuou rastreio endoscópico com endoscopia digestiva alta e colonoscopia.

A endoscopia não revelou alterações de relevo. A colonoscopia identificou um pólipo séssil no cólon sigmóide, com dimensões superiores a 2cm, caracterizado histologicamente como adenoma tubulo-viloso com displasia de baixo grau. Foi encaminhado para terapêutica e seguimento em meio hospitalar tendo realizado nova colonoscopia com mucosectomia, que decorreu sem intercorrências. Adicionalmente foi identificada uma lesão nodular com cerca de 15mm de aspecto subepitelial no reto distal, proximal à linha pectínea. Efetuada ecoendoscopia da lesão descrita, não tendo sido possível aferir a camada de origem por interposição de cone de sombra, mas com dimensões de 11mm de maior eixo e sem características sugestivas de tumor neuroendócrino. Na RMN foi caracterizada como tendo cerca de 5 a 7mm de espessura, aos cerca de 2,5cm da margem anal, sem aparente envolvimento do complexo esfincteriano, mas com eventual envolvimento da muscularis propria. Com base nos achados previamente mencionados, foi decidida a excisão da lesão, tendo decorrido sem complicações. A histologia demonstrou tratar-se de uma lesão com características de pseudotumor fibroso nodular reativo, sem sinais de malignidade.

Conclusão: O pseudotumor fibroso nodular é uma lesão benigna fibroinflamatória rara, que acomete o trato gastrointestinal e mesentério. Foi descrito pela primeira vez em 2003 e existem raros casos reportados desde então, com menos de 30 casos descritos em todo o mundo. Está fortemente associado a antecedentes de cirurgia abdominal prévia. O tratamento de eleição é a resseção, apresentando bom prognóstico a longo prazo. Em todos os casos reportados na literatura, não foi demonstrada recorrência ou metastização independentemente da abordagem terapêutica.

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