Objetivos: Avaliar a exequibilidade e segurança da remoção de PEGs em doentes com TCP com alta imediata e terapêutica com omeprazole.
Materiais e Métodos: Estudo prospetivo, observacional, unicêntrico. O atual protocolo pressupõe remoção de PEG com alta para ambulatório após 30 minutos, re-início de dieta líquida fria após 3h e omeprazol 40 mg bid oral durante 4 semanas. Avaliados os doentes incluidos entre outubro de 2020 e fevereiro de 2022. Análise estatística descritiva.
Resultados: Foram referenciados para remoção de PEG 113 doentes, 82 homens, 31 mulheres com uma média de idades de 59,5 (±9,75 39-81) anos. 113 doentes tratados com QRT, 10 com Radioterapia isolada. Após colocação de PEG, 104 doentes (92%) não tiveram complicações, 3 tiveram infeção precoce, 4 infeção tardia, 1 teve dor imediata que prolongou internamento e 1 hemoperitoneu que requereu cirurgia. O tempo médio de permanência da PEG foi 10,7 (±5,69 3-30) meses. Após remoção, 7 (6,19%) doentes mantiveram fístula gastro cutânea patente >1 mês. Resolução em 6/7 com 4 semanas adicionais de omeprazole, 1/7 com tratamento endoscópico com clips, 1 doente com hérnia paraestomal foi operado.
Conclusões: A remoção de PEG com alta imediata demonstrou ser segura, com baixa taxa de complicações. Beneficiou os doentes em termos de conforto e a Unidade pela redução do tempo e recursos alocados, permitindo eliminar o tempo de espera para as remoções.