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Mulher de 55 anos, sem antecedentes familiares de relevo, com antecedentes pessoais de colite ulcerosa refratária a terapêutica médica, submetida a protocolectomia total com ileostomia definitiva em junho/2015 (peça operatória corroborou o diagnóstico de colite ulcerosa em fase ativa, sem outras alterações, nomeadamente lesões polipoides). 4 anos após intervenção cirúrgica inicia quadro de instalação progressiva de náuseas, vómitos pós-prandiais e anemia ferropénica. Realizou EDA onde se observou, em todo o corpo distal e antro, incontáveis formações polipoides, semi-pediculadas, de aparência edematosa, que prolapsam para o lúmen gástrico dificultando a visualização da mucosa a passagem para o bulbo. Estas lesões envolvem o piloro, que não se consegue individualizar e continuam-se pelo bulbo proximal. Realizadas múltiplas macrobiópsias, compatíveis com pólipos hiperplásicos (sem evidência de infeção por HP). Realizou posteriormente TC AP onde é descrito acentuado espessamento pseudopolipóide das pregas gástricas, principalmente no corpo e antro, sem outras alterações de relevo. Por agravamento das queixas, associado a perda ponderal significativa e intolerância alimentar (apesar de terapêutica médica otimizada), foi submetida a gastrectomia total com reconstrução em Billroth II, sem intercorrências. A análise anatomopatológica revelou a presença de múltiplos pólipos hiperplásicos e hamartomatosos em provável contexto com síndrome hereditário (nomeadamente Síndrome de Polipose Juvenil, Síndrome de Cowden ou Síndrome de Cronkhite-Canada). A doente foi posteriormente avaliada em consulta de risco familiar, aguardando de momento a realização de diagnóstico genético para posterior definição de proposta de vigilância.

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