O risco de transmissão da Hepatite C nos consumidores de substâncias psicoativas está maioritariamente associado à partilha de material de injeção e demais parafernália utilizada no consumo endovenoso destas substâncias. Assim, os utilizadores de substâncias psicoativas por via injetável têm maior probabilidade de contrair e disseminar a doença. Novas terapêuticas permitem o tratamento e a cura do Vírus da Hepatite C (VHC) e a OMS preconiza a erradicação da doença até 2030, o que implica a caracterização da prevalência da Hepatite C para posterior tratamento. Recentemente houve um aumento da população migrante em Portugal que se refletiu no Programa de Baixo Limiar de Exigência (PSBLE) de Lisboa. Este trabalho tem como objetivo identificar na população migrante em seguimento no PSBLE de Lisboa a prevalência de VHC, ligar estes utentes ao modelo de tratamento já implementado em Ares do Pinhal, bem como avaliar a taxa de reinfeção nesta população. Procedemos também à caracterização sociodemográfica da população e à avaliação do seu perfil de risco.