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Homem de 47 anos, com doença de Crohn cólica não-estenosante e não penetrante, sob infliximab 5 mg de 8/8 semanas há 4 anos, escalado para 10 mg de 6/6 semanas, por agudização da doença. Iniciou quadro de hiperemia ocular, com início algumas horas após a primeira administração do infliximab na nova posologia, com resolução espontânea numa semana. Negava fotofobia, alteração da acuidade visual ou outra sintomatologia. Perante recidiva do quadro após a administração subsequente, programou-se avaliação oftalmológica após a infusão seguinte, altura em que se objetivou hiperemia ocular, quemose, edema palpebral e proptose do olho direito. Na ecografia ocular observou-se espessamento escleral, sugerindo esclerite posterior, sendo que na RM da órbita, para diagnóstico diferencial da proptose, não se observaram outras alterações. Realizou curso de corticóide sistémico, com rápida melhoria da sintomatologia e resolução da inflamação escleral. Dada a existência de uma relação direta das manifestações com a infusão, assumiu-se reação adversa ao infliximab, tendo-se feito switch para vedolizumab, sem novas manifestações oculares até à data.

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