A colocação de próteses plásticas na via biliar é um procedimento comum em CPRE, permitindo manter a drenagem biliar perante uma estenose ou um cálculo não passível de remoção imediata. No entanto, a sua migração pode ocorrer o que tem implicações muito relevantes e potencialmente deletérias.
No idoso há uma prevalência aumentada de colelitíase, coledocolitíase e neoplasia pancreato-biliar. Com a esperança média de vida a aumentar estima-se que o número de CPREs em doentes com idade avançada assuma cada vez maior relevância no total de procedimentos realizados numa Unidade de CPRE.
O estabelecimento do melhor plano terapêutico num doente com tumor da cabeça do pâncreas (TCP) exige frequentemente a sua caracterização cito/histológica. A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) realizada por ultrassonografia endoscópica é actualmente o método de 1.ª linha, sendo que a citologia esfoliativa (CE) realizada por colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) tem resultados historicamente inferiores. Existirá um papel na prática actual para a CE nos TCP?
O cancro do pâncreas (CP) é a neoplasia gastrointestinal com pior sobrevida. É por isso fundamental oferecer o melhor tratamento em cada estadio de doença, sendo para tal necessário um estadiamento correto. O objetivo foi comparar a concordância entre o estadiamento pré e pós-cirúrgico através dos vários métodos de imagem.
Em até 30% dos casos de pancreatite aguda (PA), a avaliação etiológica inicial recomendada pelas guidelines internacionais (avaliação clínica, laboratorial e imagiológica, incluindo ecografia e TC) não permite determinar a causa subjacente. A identificação precisa da sua etiologia tem importantes implicações terapêuticas e pode prevenir a sua recorrência. Este estudo teve como objetivo avaliar o papel da ecoendoscopia (EUS) na PA de causa indeterminada (PACI).
A litíase da via biliar principal é uma patologia frequente que se pode associar a complicações potencialmente graves como a colangite ou pancreatite aguda. Os melhores métodos para o seu diagnóstico são a Colangiopancreatoressonância magnética (CPRM) e a ecoendoscopia. A CPRM tem a vantagem de ser menos invasiva e melhor tolerada pelo doente. Dado que após a deteção de litíase é comum proceder-se a um ato terapêutico a falsa sugestão de coledocolitíase na CPRM pode resultar na realização de CPRE de forma fútil.
A elevada taxa de mortalidade por cancro do pâncreas (CP) relaciona-se, entre outros fatores, com a ausência de métodos que permitiam identificar lesões percursoras desta neoplasia. O conhecimento do papel das neoplasias intraepiteliais pancreáticas (PanIN) no CP é ainda reduzido. O objetivo foi relacionar a presença de lesões de PanIN em peça operatória com dados demográficos, clínicos e de sobrevida dos doentes com CP.
A pancreatite aguda é a principal complicação da CPRE sendo potencialmente grave em alguns casos.
A patogénese da DPRA é desconhecida, admitindo-se, no entanto, que o prurido possa ser o factor desencadeante major através de microtraumatismos cutâneos causados pela coceira em doentes com susceptibilidade genética. A associação de patologia hepatobiliar colestática e DPRA tem raríssimas descrições na literatura. Deste modo os autores consideram que o caso acima apresentado representa uma forma raríssima de expressão clínica inaugural de colestase extra-hepática.
A Doença Biliopancreática Autoimune (DBPAI) é uma patologia benigna que compreende a Colangiopatia Autoimune (CAI) e a Pancreatite Autoimune (PAI), associadas ou não a IgG4. O diagnóstico é difícil, podendo mimetizar neoplasias e implicando frequentemente a resseção cirúrgica para a sua exclusão.