A avaliação do estado nutricional é particularmente difícil na cirrose hepática (CH). O ângulo de fase (AF), calculado a partir da resistência e da reactância medidas por bioimpedância, foi proposto como um marcador do estado nutricional e indicador de pior prognóstico na CH, sobretudo pela sua independência do grau de hidratação/sobrecarga de volume, ao contrário dos métodos de avaliação nutricional mais tradicionais.
A infeção é uma complicação frequente nos doentes com doença hepática crónica (DHC) sendo uma importante causa de morbi-mortalidade. A diabetes mellitus (DM) é um fator preditivo de infeção e a sua prevalência é elevada nos doentes com DHC.
A encefalopatia hepática mínima (EHM) caracteriza-se por alterações neurocognitivas discretas imperceptíveis ao exame objectivo. O seu valor prognóstico é ainda desconhecido.
Consensos internacionais preconizam como tratamento empírico para a peritonite bacteriana espontânea (PBE) uma cefalosporina de 3ª geração, no entanto, estudos recentes têm desafiado a eficácia das recomendações pois demonstram um aumento na prevalência de PBE por bactérias multirresistentes (PBE-MDR). Realizamos um estudo de coorte retrospectivo, em doentes internados por PBE, analisando a prevalência de PBE-MDR, factores preditivos e impacto clínico.