O objetivo deste trabalho foi analisar a proporção de utentes com realização do rastreio CCR durante a pandemia COVID-19 antes e após medida corretora.
Material: Após confirmação da ausência de critérios de exclusão, o Médico de Família emite a credencial para a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Esta é enviada via CTT, anexada a uma carta personalizada e endereçada especificamente a cada utente e que veicula informação sobre a importância e os objetivos do rastreio, o significado dos possíveis resultados e o contacto do seu Enfermeiro de Família. Adicionalmente foram publicados artigos de sensibilização para o rastreio no jornal da USF.
Sumário dos Resultados: Em janeiro de 2021 a proporção de utentes com rastreio realizado na USF era de 46,88%.Em fevereiro de 2021 iniciou-se o envio das cartas. Em dezembro de 2022 a proporção de utentes rastreados na USF era de 63.91%. Através de uma análise de regressão linear segmentada encontramos uma diferença estatisticamentesignificativa entre o declive dos segmentos antes e após início da intervenção (Teste unilateral Davies, k=12, p=0.019).
Conclusões: Com esta intervenção a USF aumentou significativamente a proporção de utentes rastreados, e conseguiu evoluir em contramaré face ao panorama nacional/regional relativamente ao rastreio do CCR.