Como prever a evolução para doença hepática avançada? Esta é a pergunta de partida para a intervenção do Prof. Doutor Jorge Leitão, do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, sobre “estratificação do risco na MAFLD”. O especialista destaca o papel da prevenção com “um papel muito importante na modificação do estilo de vida dos doentes”. Assista à entrevista.
Considerando o número de pessoas com esta patologia, “já se justifica atenção sobre esta situação”, partilha o especialista, defendendo que “é preciso educar desde a infância”, momento da vida em que a percentagem de obesidade e excesso de peso é muito elevada. “No futuro, quando forem adultos, vai tornar-se num problema muito grande”, pelo que “é sempre mais barato e eficaz quando se previne”.
Além disso, partilha ainda que é preciso “abordar individualmente o doente”, procurando fatores de risco e conhecendo a história familiar. “Embora não se tenha ferramentas para determinar o risco genético na prática do dia a dia, temos o conhecimento da história prévia do doente e da sua família que é realmente importante.”
Por fim, destaca a importância do acompanhamento multidisciplinar com pessoas de diferentes áreas, nomeando desde logo o nutricionista. “Estamos a falar de uma doença progressiva e crónica, que, às vezes, evolui ao fim de muitos anos, portanto esse acompanhamento continuado terá sempre de ser feito.”