“Quando há experiência na colocação de próteses de cólon, quando temos um doente com obstrução maligna ou numa situação paliativa, devemos sem dúvida considerar a prótese de cólon.” Quem o afirma é o Prof. Doutor Diogo Libânio, gastrenterologista no IPO do Porto, no âmbito da sua intervenção “Próteses de cólon: quando?”, no âmbito da sessão “Intervenção endoscópica na urgência”, do Curso pós-graduado sobre Gastrenterologia na Urgência. Veja a entrevista.

Além destes casos partilhados pelo especialista, a decisão de pôr uma prótese de cólon é “individualizada”, podendo então “tomar decisões e pesar riscos e benefícios de várias terapêuticas”. No entanto, não há dúvida de que existem diversos benefícios para este uso, já que “é uma terapêutica menos invasiva do que a cirurgia”, conferindo assim “uma melhor qualidade de vida”.

Apesar disso, o especialista alerta também para os contras desta prática, tais como a pouca experiência da maioria dos gastrenterologistas para a colocação destas próteses e por esta técnica apresentar uma das maiores taxas de falha com riscos de furação.

Por fim, partilha que o rastreio do cancro do cólon é de extrema importância, diminuindo assim a colocação de próteses de cólon, uma vez que “as neoplasias são detetadas mais atempadamente e antes de causar obstrução”.