Com foco em diferentes temas, tais como indicadores de qualidade na cápsula endoscópica/enteroscopia, tratamento das angiectasias do intestino delgado, small intestinal bacterial overgrowth (SIBO) e cápsula endoscópica na monitorização da doença de Crohn, a Dr.ª Sandra Lopes, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, moderou a sessão dedicada a este tema e partilhou as principais conclusões em entrevista. Veja o vídeo.

Primeiramente, a especialista destaca que, “em Portugal, estamos a fazer um bom trabalho” quanto aos indicadores de qualidade, defendendo que “é importante ter uma boa indicação para a sua realização, isto porque estes procedimentos não são isentos de riscos”.

As angiectasias do intestino delgado são “a principal causa de hemorragia digestiva muito frequente e cada vez mais prevalente”, devido ao envelhecimento da população, com múltiplas comorbilidades e polimedicados. Estas terapêuticas “não são isentas de complicações, são caras”.

Já a síndrome de crescimento bacteriano é “um tema muito prevalente na prática clínica”, associando-se a várias condições como a síndrome do intestino irritável, a doença celíaca ou a diabetes.

Por fim, a especialista salienta a monitorização com a cápsula endoscópica na doença de Crohn. “Acredito que um dos nossos objetivos terapêuticos, no contexto da doença inflamatória, é alcançarmos não só a remissão clínica, mas também a remissão endoscópica, porque permite resultados a longo prazo muito melhores, menos recidivas e menor necessidade de cirurgia e hospitalizações.”