O rastreio do cancro gástrico deve ser uma prática realizada por todos os portugueses, defende o Prof. Doutor Mário Dinis Ribeiro, do IPO do Porto, já que “todos têm um risco relativamente aumentado”. Além da questão “a quem” respondida pelo especialista, também o “como” torna-se importante nesta área. Em entrevista, o gastrenterologista partilha as principais mensagens sobre a conferência “Rastreio do cancro gástrico: a quem, como e quando?”. Veja a entrevista.
A endoscopia digestiva alta apresenta “problemas de adesão e não foi demonstrado o seu custo-benefício”, destaca, com base na evidência à data. Por outro lado, perceciona-se que a endoscopia digestiva associada à colonoscopia apresenta “um custo eficaz”. No entanto, reflete que deve ser “de qualidade”, demonstrando já “um aumento da sobrevivência global pelo cancro gástrico”, graças ao recurso a este rastreio.
Graças à deteção precoce, “existe assim a possibilidade de oferecer um tratamento minimamente invasivo com a preservação do órgão”, apesar de ainda ser “uma doença frequente e significativa em Portugal”.
Por fim, o especialista destaca que “todos estes assuntos estão a ser avaliados em consórcio europeu”, em que o IPO do Porto está integrado. “Esperamos que novos dados possam confirmar ou refutar parte destas teses.”