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Mulher de 57 anos com obesidade de classe III (IMC 41,7 kg/m2 ) colocou banda gástrica em 2009. Atingiu peso mínimo de 89 kg (IMC 32,3 kg/m2 ). No entanto, em 2017 foi referenciada à nossa equipa por aumento de peso, queixas de desconforto abdominal e infeção da porta subcutânea. A endoscopia digestiva alta (EDA) identificou orifício de fístula no esófago terminal e banda gástrica parcialmente migrada para dentro do lúmen gástrico junto ao cárdia. Foi submetida a remoção cirúrgica da porta subcutânea e remoção endoscópica da banda gástrica migrada (vídeo). Durante o procedimento endoscópico, foi utilizado um fio guia metálico que foi colocado entre a braçadeira da banda que estava intraluminal e a parede gástrica. O fio foi externamente acoplado a um mecanismo semelhante ao de litotrícia mecânica de cálculos biliares. Após secção da braçadeira a banda gástrica foi removida em bloco com a utilização de ansa de polipectomia. O trajeto fistuloso estudado em trânsito baritado revelou apenas extensão infracentimétrica, pelo que foi manejado conservadoramente com antibioterapia. Teve alta após cinco dias de internamento. Encontra-se em seguimento em consulta, assintomática e sem intercorrências.