A drenagem biliar guiada por ecoendoscopia é uma alternativa à cirurgia e à drenagem percutânea, quando a CPRE falha. A hepatogastrostomia guiada por ecoendoscopia está indicada em situações específicas, como obstrução gástrica, invasão duodenal, alteração anatómica e obstrução biliar proximal. Com este caso, demonstra-se o sucesso técnico da drenagem biliar guiada por ecoendoscopia na paliação da icterícia.
A CPRE em doentes com anatomia cirurgicamente modificada é tecnicamente difícil, podendo o enteroscópio auxiliar na progressão entérica e no acesso à papila e árvore biliar. Contudo, o sucesso técnico da CPRE-SBE varia entre 55-100% sendo várias as razões para a sua falência. O uso do rendez-vous com PTC é uma técnica útil para permitir o alcance da papila.
Uma das indicações para DES em lesões coloretais é a presença de fibrose severa na submucosa contudo também é reconhecido que este aspecto se associada a piores outcomes (menores taxas de R0 e maiores taxas de complicações) sobretudo em centro de menor volume.
Neste vídeo pretendemos demonstrar a utilidade da litotrícia EH e por LH, assistidas por Spyglass DS, em 2 cenários clínicos distintos, realçando pormenores da execução técnica que aumentam a probabilidade de sucesso e segurança do procedimento.
Apresentamos estes 2 casos em que a colangioscopia com sistema SpyGlass DS®, não só pelo aspeto endoscópico claramente diferente, mas também pela acuidade das biópsias realizadas, permitiu o diagnóstico diferencial e consequente orientação terapêutica diferente em 2 doentes com estenoses biliares indeterminadas.
A drenagem biliar guiada por ecoendoscopia é uma alternativa à cirurgia e à drenagem percutânea, quando a CPRE falha. Em procedimentos paliativos, a drenagem biliar interna apresenta vantagens face à percutânea. A colecistogastrostomia foi a opção possível por ser impraticável a realização de colecoduodenostomia ou hepatogastrostomia. Para a realização desta técnica é mandatória a patência do canal cístico, de forma a assegurar uma drenagem biliar adequada.
Neoplasias superficiais do reto com atingimento da linha pectínea tipicamente associam-se a maior dificuldade técnica quando abordadas por técnica de excisão endoscópica com ansa, associando-se a maiores taxas de recidiva por esta técnica. Em centros com experiência, a técnica de dissecção endoscópica da submucosa neste tipo de lesões tem-se revelado muito eficaz, segura e com baixas taxas de recidiva. Acrescida à abordagem terapêutica realizada, este caso ganha particular interesse pelas dimensões da lesão, a sua forma de manifestação (prolapso anal), assim como pela dificuldade da recuperação da peça.
A refratariedade do tratamento médico da gastroparésia constitui um desafio clínico pelo impacto negativo no estado nutricional e qualidade de vida imposto aos doentes. A PAF está associada a envolvimento gastrointestinal manifestado, nomeadamente, por gastroparésia. A utilização do G-POEM tem sido descrita como uma técnica segura e eficaz no tratamento da gastroparésia grave refratária pós-cirúrgica, diabética e idiopática.
Os TNE do apêndice constituem uma entidade pouco comum, com diagnóstico frequentemente acidental. O FTRD é uma técnica inovadora, que permite a excisão transmural de lesões, com aplicação prévia de OTSC, de forma a garantir a integridade da parede digestiva (técnica clip-and-cut), sendo particularmente útil no tratamento de lesões em locais anatómicos difíceis ou com elevado risco de complicações (ex: apêndice/divertículos), bem como um método de diagnóstico e tratamento de lesões subepiteliais. Em doentes selecionados pode constituir uma alternativa à cirurgia, com excelentes resultados técnicos e de segurança.
A presença de lesões planas em doentes com doença inflamatória intestinal pode associar-se a dificuldades acrescidas na abordagem endoscópica. Este facto deve-se à maior dificuldade na definição dos limites das lesões, assim como à presença de inflamação da mucosa e fibrose na submucosa. Este caso foi exemplificativo disso mesmo: limites mal definidos; mucosa/submucosa anormalmente espessada, raramente observado nas dissecções colo-retais, associando-se fibrose e tecido adiposo na submucosa. Estes aspectos reforçaram a indicação da técnica de dissecção endoscópica da submucosa nestas lesões, dificilmente abordáveis por mucosectomia com ansa.