MaterialForam selecionados doentes sujeitos a EDA e/ou colonoscopia eletivas, com capacidade de prestar consentimento informado autonomamente. Cada indivíduo recebeu juntamente com a convocatória do exame, o folheto informativo e o consentimento informado propostos pela SPED. Foi verificada a leitura do consentimento informado (através do cumprimento de uma instrução simples adicionada à versão original) e o seu preenchimento.ResultadosForam incluídos um total de 232 doentes durante um período de 1 ano (50,6% homens, com média de idades 63,8±12,7). A maioria dos doentes possui apenas educação básica (78,0%) e foi submetido previamente a exame(s) endoscópico(s) (90,9%). 86,6% dos doentes referiram ter lido o consentimento, enquanto que 13,4% o negaram. Enquanto que a maioria assinou o consentimento (83,6%), apenas 24,6% dos doentes leram e preencheram o documento adequadamente. Não se identificou uma associação estatisticamente significativa entre a leitura e preenchimento adequados e as diferentes variáveis analisadas, como a idade, escolaridade, tipo de exame ou mesmo a realização deste sob sedação.ConclusõesApesar da disponibilização atempada da informação, a maioria dos doentes não lê ou compreende adequadamente o consentimento informado escrito. Não se tendo identificado variáveis associadas a estes resultados, será necessário pensar em estratégias globais para os melhorar, mas que não substituem a interação verbal e a efetiva relação médico-doente na obtenção do consentimento informado livre e esclarecido.