Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo com inclusão de todas as EAC realizadas desde Julho de 2017 até Janeiro de 2022, com avaliação do desempenho nos parâmetros propostos pela ESGE. Resultados/ Discussão: Foram incluídos 83 exames. Dos 6 parâmetros major foram cumpridos 4: a indicação para EAC em 98.6% (a maioria por anemia ferropénica e síndromes genéticos hereditários, com 34 e 33 doentes, respetivamente), a visualização do cego/estoma foi atingida em 91.57%, em 54.22% foram detetadas lesões, e nos três doentes com hemorragia digestiva obscura a EAC foi realizada em cerca de 72h. A retenção de cápsula ocorreu em 2 doentes (2,4%), superior ao desejável de 2%. A referenciação para enteroscopia foi proposta em 8 exames, que foi concretizada em 4, sendo os restantes referenciados para cirurgia ou outros meios complementares de diagnostico, inferior ao proposto pela ESGE de 75%. Dos parâmetros minor, o protocolo de leitura e o uso de terminologia adequada na elaboração do relatório foi cumprida, contudo, a preparação intestinal foi considerada adequada em 93.97% (inferior ao desejável de 95%) e o uso de cápsula de patência foi sub-optimo, efetuado em 7 exames (70%). Conclusão: A aplicabilidade dos critérios propostos pela ESGE é importante na auditoria da performance na EAC com objetivo de uniformizar e detetar áreas de melhoria da qualidade. A reformulação de alguns dos parâmetros incluídos pode também ser pertinente em determinados contextos.