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A doença inflamatória intestinal (DII) extensa e de longa duração acarreta um risco aumentado de cancro colorretal (CCR). Apesar disso, o rastreio do CCR na DII não é uniforme, em parte por ausência de critérios de qualidade validados. Neste sentido, um grupo de experts reviu a evidência e propôs critérios de qualidade neste contexto. Com este trabalho pretendeu-se auditar o cumprimento dos critérios de qualidade propostos na população com DII de um centro terciário.

Incluidos retrospetivamente doentes com DII que realizaram colonoscopia de rastreio de CCR. Foram avaliados critérios pré-,intra- e pós-procedimento, designadamente intervalo de vigilância, atividade inflamatória, informação fornecida, consentimento informado, utilização de polietilenoglicol e dieta liquida na véspera, sedação, intubação cecal/ileal, taxa deteção adenomas [ADR], cromoendoscopia, scores validados, biopsias dirigidas/aleatórias, tempo de retirada, escala de Boston, fotodocumentação, instruções de follow-up e lesões identificadas, técnica de visualização e/ou resseção).Incluidos 84 doentes, 70.2% homens, idade média 55.2 anos, dos quais 67.9% com colite ulcerosa. A maioria (72.6%) realizou o exame no intervalo adequado. Do total, 9.5% tinham preparação inadequada e 7.1% atividade inflamatória significativa. Todos os procedimentos foram realizados sob sedação, com taxa de intubação cecal de 96.4%. Foi realizada cromoendoscopia em 89.3%, com ADR de 21.3%. Não foi avaliado tempo de retirada. As lesões identificadas foram avalidas pela classificação de Paris em 31.4% e a técnica de resseção foi sempre descrita. No relatório, foi avaliada a inflamação com recurso a scores validados (70.4%), feita fotodocumentação (97.5%), descrito número/localização de biópsias (93.8%), descritas complicações (0 casos) e dadas instruções de follow-up (25%).Apesar de os resultados serem satisfatórios, alguns pontos como a utilização sistemática da classificação de Paris e scores de atividade inflamatória ainda devem ser melhorados. As instruções de follow-up são fornecidas pelo médico assistente. As auditorias constituem uma ferramente vital à melhoria da qualidade na endoscopia.

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