Métodos:Analisámos PEGs consecutivas durante 2 anos. Um seguimento mínimo de 24 meses foi exigido (12 meses até colocação do botão, seguidos de 12 meses para avaliação de variações no tamanho). As variações do tamanho foram verificadas em consulta especializada de PEG durante o período de seguimento.Resultados:De 150 procedimentos, 56 foram excluídos por não cumprirem o tempo de seguimento requerido. A amostra final incluiu 65 (69,1%) mulheres, com idade média de 77 anos. Variações nas dimensões do botão ocorreram em 44 (46,8%) dos doentes. Em análise multivariada, variações no diâmetro ocorreram mais frequentemente em pacientes institucionalizados (OR=5,43; p=0,019), com exteriorização prévia da PEG (OR=3,84; p=0,023) e do sexo masculino (OR=3,50; p=0,039). Variações no comprimento ocorreram mais frequentemente em doentes com variações do peso superiores a 5kg (quer aumento, quer perda) (OR=3,71; p=0,029).Conclusão:Uma proporção significativa dos doentes com botão de gastrostomia eventualmente necessitou de mudanças no seu comprimento ou diâmetro, especialmente se institucionalizados, com alterações do peso ou com exteriorização acidental do dispositivo. Isto salienta a importância de uma consulta especializada em PEG, de forma a assegurar regularmente o botão mais adequado a cada doente e consequentemente um aporte nutricional adequado.