Objetivo: Avaliar o sucesso técnico (colocação endoscópica da PMATC a selar a DA) e clínico (encerramento após a remoção definitiva da prótese, ausência de procedimentos invasivos adicionais, ou resolução de sintomas caso a prótese não tenha sido removida à data do último follow-up). Materiais e Métodos:Estudo retrospetivo unicêntrico recrutando todos os doentes submetidos a colocação de PMATC por DA de cirurgia oncológica esófago-gástrica (12/2013 a 02/2022).Resultados:N: 56; Idade mediana 67; género masculino 75%;Esofagectomia Ivor-Lewis 34%, Esofagectomia McKeown 14%, Gastrectomia total 50%, Merendino 2%. Diagnostico de DA: mediana 8º dia pós-operatório;Drenagens externas: 20% torácica e abdominal, 45% torácica, abdominal 20%.Dimensão da DA: 57% inferior a 1cm, 20% entre 1-2cm, 23%. maior que 2cm.Tempo até colocação PMATC: 0-5 dias (média 0,75). Sucesso técnico 93%; prótese in situ na fluoroscopia 91%. Clips para fixação: 20%; Migração tardia 21%.Remoção da prótese: mediana 6 semanas. Número de próteses/doente: média 1,48.Sucesso clínico 86%: encerramento DA 55%; óbito sem aumento da DA 14%; prótese in situ 16%; necessidade de cirurgia pela DA 11%; outra terapêutica endoscópica 3,6%.Óbitos: 6meses 39%; 1ano 45%;Status ao último follow-up: 41% vivos sem DA, óbito por complicações da DA 29%; óbito por outras causas 27%.Esofagectomia de McKeown: piores resultados técnicos (p=0,047) e fluoroscópicos (p=0,026), com necessidade de maior número de próteses por doente (p=0,033). A fixação com clips associou-se a menor número de complicações (p=0,041).Conclusões: A utilização de PMATC atinge altas taxas de sucesso técnico/clínico. Apesar de uma abordagem precoce, as DA apresentam morbimortalidade elevada. A cirurgia de McKeown está associada a piores resultados técnicos.