Métodos: Estudo retrospetivo incluindo doentes consecutivos admitidos por TNE-G tipo I entre janeiro 2010 e dezembro 2019.Resultados: Foram incluídos 113 doentes com TNE-G tipo I, sendo 62% mulheres, com idade média de 60 anos. Ao diagnóstico, 18% dos doentes apresentava anemia e 16% défice de vitamina B12. O Anticorpo anti-célula parietal e fator intrínseco estava presente em 76% e 4% dos doentes com GAI, respetivamente.Ao diagnóstico a estratégia de vigilância/polipectomia foi adotada em 77 doentes. Vinte e quatro doentes foram submetidos a EMR, 6 a ESD, 3 a cirurgia (2 por evidência de metástases ganglionares) e 3 iniciaram análogos da somatostatina. Os doentes submetidos a EMR e ESD não apresentavam diferenças estatisticamente significativas quanto ao diâmetro máximo da lesão (16 vs 13mm, p=0.515), índice Ki67 e Grau (p=0.855). A taxa de resseção histológica completa (78 vs 60%, p=0.255) e a presença de margens horizontais e verticais negativas (89 vs 100%, p=0.597; 77 vs 60%, p=0.470, respetivamente) foi semelhante nos dois grupos. A presença de invasão linfovascular foi superior nos doentes submetidos a ESD (40 vs 6%), embora não estatisticamente significativa (p=0.120).O aparecimento de lesões metácronas foi semelhante no grupo submetido a EMR, ESD e cirurgia (38 vs 40% vs 33%, p=0.876). A sobrevida global foi 100%, independentemente da estratégia utilizada.Conclusão: Independetemente do estadio inicial da doença, a sobrevida global dos doentes com TNEs-G tipo I é excelente. A ESD e EMR obtiveram resultados semelhantes a curto e longo prazo neste grupo de doentes.