A terapêutica da infecção do vírus da hepatite C (VHC) tem mudado significativamente nos últimos anos. Os doentes sob terapêutica de substituição opióide (TSO) tem sido apontados como difíceis de tratar por falta de adesão e possíveis efeitos secundários. A terapêutica da infecção do vírus da hepatite C (VHC) tem mudado significativamente nos últimos anos. Os doentes sob terapêutica de substituição opióide (TSO) tem sido apontados como difíceis de tratar por falta de adesão e possíveis efeitos secundários.Objectivos: 1 - demostrar que os antivirais de acção directa (AAD) actualmente disponíveis podem ser utilizados com segurança na TSO. 2 - Comparar a adesão e resposta ao tratamento (utilizadores/não utilizadores de drogas endovenosas sob TSO).
Portugal representou um caso único no acesso aos antivirais de ação direta (DAAs), com a comparticipação de terapêutica com sofosbuvir e sofosbuvir/ledipasvir para todos os doentes com hepatite C crónica. Contudo, até este ano, não existia terapêutica oral totalmente comparticipada para o génotipo 3, levando à utilização de esquemas alternativos sub-óptimos. Os autores propõem-se a rever os esquemas de tratamento com DAAs dos doentes com genótipo 3 e avaliar a sua eficácia, através da resposta viral sustentada (RVS).
Os regimes terapêuticos para a hepatite C crónica tendem a ser mais curtos e sem ribavirina, mais custo-efectivos e com menos efeitos adversos. Objectivo: comparar o regime de 8 semanas de tratamento com o de 12, em doentes sem cirrose, naïves e com carga viral <6000000 UI/mL.
Na era dos antivíricos de ação direta (AAD), o tratamento da Hepatite C Crónica (HCC) por genótipo 3 (GT3) é mais desafiante. As opções terapêuticas são mais limitadas, os doentes apresentam maior risco de cirrose hepática e hepatocarcinoma e as respostas virológicas sustentadas (RVS) são inferiores. Com o presente trabalho, os autores pretendem caracterizar esta subpopulação e demonstrar a experiência de vida real dos AAD no tratamento da HCC por GT3.
A infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) nos transplantados renais predispõe para a falência do enxerto e progressão de doença renal, aumentando a mortalidade. Aqui o tratamento do VHC confere maior desafio, pela imunossupressão e taxa de filtração glomerular (TFG) oscilante. Os anti-virais de ação direta (AAD) tem eficácia e segurança bem definidas, mas dados na transplantação renal são escassos. O objetivo é demonstrar a eficácia e segurança dos AAD nos doentes com VHC e transplante renal.
O risco de carcinoma hepatocelular (CHC) após eliminação da hepatite C com antivíricos de acção directa (AADs) permanece pouco claro, nomeadamente em indivíduos com cirrose hepática. O objectivo do estudo foi determinar a incidência anual de CHC e factores de risco num coorte de doentes com cirrose hepática, após tratamento com AADs.
Pretendemos demonstrar a eficácia e segurança dos AAD nos doentes com IRCT em HD e VHC, tratados no nosso centro.
No dia 8 de junho decorreu a sessão "O benefício de tratar as doenças hepáticas", um momento que contou com a participação de reputados especialistas que trouxeram à Semana Digestiva 2017 (SD 2017) as principais atualizações nesta área. O Prof. Doutor Moisés Diago centrou-se na hepatite C, uma área na qual “houve uma verdadeira revolução nos tratamentos nos últimos três anos”, afirma o especialista. Veja a entrevista.
A colestase canalicular e as lesões do tipo degenerativo do epitélio dos ductos biliares são alterações raras na infecção por vírus da hepatite C. No caso descrito a regressão do quadro clinico-laboratorial no período de resposta ao tratamento e o agravamento com a recidiva virológica leva a admitir colestase no contexto da infecção crónica pelo VHC.
O tratamento com interferão peguilado e ribavirina foi, durante décadas, o standard of care no tratamento da infeção por vírus da hepatite C (VHC). Apesar das alternativas mais eficazes e melhor toleradas, em muitos países o custo destas novas terapêuticas impede o acesso dos doentes ao tratamento.