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O diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) pode passar pela avaliação clínica, endoscópica e pela pHmetria com impedância. Alguns trabalhos apontam que métricas calculadas na manometria esofágica de alta resolução (MEAR) poderão predizer o estudo por pHmetria, dado que uma junção esofagogástrica (JEG) hipotensiva vai facilitar a DRGE. Pretendemos correlacionar as métricas da JEG obtidas em MEAR com a pHmetria em doentes sintomáticos.

O diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) pode passar pela avaliação clínica, endoscópica e pela pHmetria com impedância. Alguns trabalhos apontam que métricas calculadas na manometria esofágica de alta resolução (MEAR) poderão predizer o estudo por pHmetria, dado que uma junção esofagogástrica (JEG) hipotensiva vai facilitar a DRGE. Pretendemos correlacionar as métricas da JEG obtidas em MEAR com a pHmetria em doentes sintomáticos.Foram incluídos doentes submetidos a pHmetria com impedância, num serviço de Gastrenterologia, entre 01-10-2021 e 28-02-2022, e MEAR com sistema perfundido por água (MMS).Foram incluídos 73 doentes, com mediana de 61 anos (IIQ 19), 56 (76,7%) eram mulheres. Foi obtido um tempo mediano de exposição ácida (TEA) de 2,5% (IIQ 5,4%) e um número mediano de 25 episódios de refluxo (IIQ 35). Estabeleceu-se diagnóstico definitivo de refluxo patológico, conforme os critérios de Lyon, em 19 doentes (25,7%) e diagnóstico incerto em 9 (12,3%).Quando comparados com TEA inferior a 4%, entre 4-6% e superior a 6%, o PIR em posição sentado foi significativamente inferior no 3º grupo (p=0,013), apresentado na tabela 1, ao contrário do PIR em decúbito (p=0,069), sendo que o PIR sentado teve uma melhor performance na predição de refluxo patológico (AUROC 0,613, p=0,082 versus 0,501, p=0,087).O nosso estudo, apesar de limitado pelo seu desenho retrospetivo e unicêntrico, realça que a avaliação em posição sentado poderá conduzir a uma análise mais fidedigna no que diz respeito à avaliação da JEG na DRGE.