A alimentação por PEG deve ser escolhida quando é expectável que a ingestão nutricional quantitativa ou qualitativa da pessoa seja inadequada, ou caso a nutrição entérica seja necessária por um período prolongado. Segundo a literatura, a taxa de complicações a curto prazo após colocação de PEG varia entre 8-30%. Após colocação, a complicação mais frequente é a ocorrência de infeção local, aproximadamente em 20%. A longo prazo, complicações descritas são: oclusão do tubo; tubo danificado com consequente extravasamento de conteúdo alimentar e gástrico; desenvolvimento de celulite peri-estoma; eczema ou tecido de hipergranulação; síndrome de buried bumper.  De forma a promover a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem, este estudo quantitativo retrospetivo, tem por objetivo avaliar as complicações mais frequentes na pessoa com PEG, seguida na consulta de enfermagem de PEG de um hospital da área metropolitana de Lisboa, com intuito de atualizar as estratégias de intervenção, para que estas sejam adequadas, uniformizadas e baseadas em evidência científica. Atualmente assistimos 68 pessoas com PEG. Os dados obtidos foram colhidos através dos registos de enfermagem realizados na consulta, sendo a sua análise estatística efetuada através de bases de dados em suporte Excel®. Da análise efetuada, as complicações mais frequentes relacionam-se com a presença de tecido de hipergranulação, maceração peri-estoma e tubo de PEG danificado. As intervenções, mais frequentemente realizadas passam pela aplicação de nitrato de prata, colocação de creme barreira e substituição de tubo de PEG, respetivamente. São também reforçados ensinos à pessoa e seu cuidador acerca dos cuidados a ter com a PEG, alimentação e cuidados à pele. Encontramo-nos a atualizar o nosso protocolo de atuação.