“Só a partir de hoje é que conseguimos construir o amanhã”, destaca o Dr. João Cunha Neves, gastrenterologista, no Centro Hospitalar Universitário do Algarve, sobre a importância de debater o impacto ambiente da endoscopia digestiva, com base em “três grandes linhas de pensamento”: reduzir, reutilizar e reciclar. Assista à entrevista.
“Sabemos quais os procedimentos endoscópicos que são desnecessários”, pelo que é preciso substituir estas estratégias por outras menos invasivas ou até mesmo considerar se são fundamentais através de “um complexo percurso de triagem”. Assim se pensa e promove a primeira linha de pensamento: o reduzir.
De seguida, o especialista defende que “as estratégias de reciclagem são vitórias fáceis”, devido à sua simplicidade de implementação e aos baixos custos, desde logo a separação dos resíduos endoscópicos e a reorganização da Unidade de Endoscopia.
Por fim, o último passo é a reutilização, sobre a qual confessa que “existe uma pressão bastante grande da indústria farmacêutica para se utilizar equipamentos de uso único”. No entanto, para reverter esta situação e pensamento, os especialistas precisam do apoio destas empresas, para se compreender quais os materiais podem ser reutilizáveis.