“O que deve mudar é o reconhecimento do papel importante de um coordenador de transição.” Palavras do Dr. Jorge Amil Dias, do Hospital Lusíadas Porto, destacando que “deve haver um profissional na equipa de saúde que avaliar cada um dos doentes e respetiva família durante o processo de autonomização”. Veja a entrevista.
O especialista palestrou na sessão sobre Nutrição e Gastrenterologia, refletindo que “os pediatras devem estar preparados para ajudar os doentes a crescer e a tornarem-se progressivamente mais independentes e autónomos para transitarem para os cuidados de saúde de adultos”.
O especialista defende que os médicos de adultos precisam de formação em transição de cuidados tanto sobre o intestino curto como de outras patologias crónicas, refletindo que é um dos desafios enfrentados nesta área. “Um doente crónico que seja perdido no seguimento ou na transição para adultos vai ser um doente com má qualidade de vida.”
Além disso, partilha que “não existe um processo único para a transição de cuidados”, mas que é necessário adaptar a estrutura das instituições e das equipas médicas. Neste sentido, o sucesso da transição deve ser assegurado por uma equipa multidisciplinar, já que são doentes complexos. “Necessitamos de competências técnicas muito específicas e o número de centros nacionais para lidar com estes doentes deve ser necessariamente reduzido para ter boa competência e qualidade.”