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Incertezas e inquietudes do cancro do pâncreas
quinta-feira, 23 junho 2022 15:24

Incertezas e inquietudes do cancro do pâncreas

“Rastreio do cancro do pâncreas: incertezas e inquietudes?” foi o título da sessão apresentada pelo Dr. Pedro Moutinho Ribeiro, médico gastrenterologista do Centro Hospitalar Universitário de São João, no decorrer do curso pós-graduado sobre Oncologia Digestiva na Semana Digestiva 2022. Em entrevista, o especialista abordou o crescente número de casos de cancro do pâncreas que futuramente, na generalidade, serão diagnosticados, e da dificuldade adjacente do diagnóstico na identificação precoce da doença.

Os elevados casos de mortalidade em relação a esta neoplasia induzem que, atualmente, existam “muitas preocupações”, começa por frisar o Dr. Pedro Moutinho Ribeiro. O especialista refere ainda que, na eventualidade de se “apostar” no rastreio como método investigativo e preventivo do cancro do pâncreas essa decisão não deve seguir do modo em que “está montado neste momento”, dado que “abrange apenas uma pequena percentagem de doentes de risco (os de risco genético), deixando de fora os 90 % de todos os outros casos que surgem de forma esporádica”.

Neste sentido deposita esperança no futuro para as áreas da investigação, particularmente na descoberta de biomarcadores que possibilitem a identificação precoce do cancro do pâncreas e o tratamento eficaz dos doentes.

Em suma, tratando-se de um tópico centralizado nas questões e incertezas suscitadas pelos profissionais da especialidade de Gastrenterologia e inerentes à sua prática clínica, bem como ao nível das abordagens referentes ao tratamento direcionado a este grupo de doentes, explana que compete aos especialistas saberem “lidar “ com todos os fatores psicológicos mediante as dúvidas e inquietudes despertadas pelo próprio doente.

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