Os granulomas hepáticos têm uma incidência mundial que ronda os 5% nas biópsias hepáticas realizadas, apresentando uma grande variedade etiológica ao longo das diferentes décadas. O presente estudo teve o objetivo de avaliar a sua prevalência em biopsia hepática, bem como a sua etiologia.
A priorização dos doentes em lista para transplante hepático tem em conta múltiplos factores prognósticos. É controverso se os receptores com idade mais avançada têm piores resultados com o transplante.
A necroptose ou necrose programada, na qual a proteína RIP3 possui um papel fulcral, foi recentemente implicada na patogénese de várias doenças hepáticas. Neste trabalho tivemos como objetivo avaliar o papel da necroptose em doentes com colangite biliar primária (CBP) e em ratinhos após laqueação do ducto biliar comum (LDB), um modelo experimental de colestase aguda e fibrose biliar secundária.
Alguns estudos têm avaliado a disfunção erétil (DE) nos doentes com doença hepática crónica (DHC). Contudo, a sua associação a fatores de risco para DE ou a outras complicações da cirrose hepática (CH) não foi amplamente estudada. O objetivo foi avaliar os fatores de risco independentes para DE em doentes com DHC.
Os microRNAs (miRNAs) e os ácidos biliares apresentam potencial terapêutico na esteatohepatite não-alcoólica (EHNA). Neste trabalho, pretendemos: 1) estudar a via miR-21/PPARα em modelos animais de EHNA; 2) avaliar o efeito da inibição de miR-21, utilizando ratinhos miR-21 knockout (KO), e da ativação do FXR, com o ácido obeticólico (OCA).
A prevalência do síndrome metabólico (SM) tem aumentado em todo o mundo e a esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) poderá constituir-se como a manifestação hepática desta entidade. A elastografia hepática (fibroscan®), alternativa validada à biópsia para avaliar fibrose, permite também a quantificação da esteatose hepática através do valor do parâmetro de atenuação controlada (CAP).
Os GISTs representam cerca de 0,1-3% das neoplasias gastrointestinais, sendo a esmagadora maioria esporádicos. Os casos hereditários, associados à mutação germinal do gene KIT, são muito raros e habitualmente cursam com fenótipo de GISTs multifocais em idade jovem, podendo coexistir hiperpigmentação cutânea e disfagia por perturbação da motilidade esofágica. Estas características fenotípicas devem assim ser valorizadas, sobretudo se em associação, perante este diagnóstico.
Os insulinomas são maioritariamente lesões esporádicas e benignas, que requerem resseção de forma a controlar a clínica de hipoglicemia a que se associam. Técnicas menos invasivas são desejadas em doentes idosos, com co-morbilidades ou que rejeitam a opção cirúrgica.
Os pseudoaneurismas são complicações raras mas graves da pancreatite aguda ou crónica. São causados pela digestão enzimática da parede de artérias que passam por áreas ou colecções inflamatórias.
A hipoglicémia paraneoplásica é um evento raro associado a tumores neuroendócrinos usualmente pancreáticos dos quais o insulinoma é o mais frequente (4 casos/1.000.000/ano). Menos frequente ainda é a hipoglicémia induzida por tumor não associada a células de ilhéus (NICTH) ocorrendo em sarcomas e tumores gastrointestinais produtores de péptidos como IGF-1, IGF-2, somatostatina e GLP-1. Nestes últimos, o controlo glicémico pode ser especialmente desafiante.