A infecção das próteses endovasculares ocorre em 0.2-0.7% dos doentes, sendo uma complicação frequentemente tardia. A remoção da prótese é geralmente o tratamento standard, estando, no entanto, associada a elevada mortalidade. A abordagem percutânea é reservada para doentes sem condições cirúrgicas, contudo, a colecção não era acessível no nosso doente. A drenagem guiada por ecoendoscopia permitiu uma abordagem eficaz, dada a proximidade com o esófago e a ausência de comunicação vascular entre a colecção e a aorta.
Este procedimento está atualmente descrito em apenas 2 doentes com gastroparesia diabética, estando descrito para outras etiologias em cerca de 20 casos. Os resultados a curto prazo têm sido muito satisfatórios nas diferentes etiologias, e com excelente perfil de segurança. Esta técnica pode ser uma boa solução em doentes com gastroparesia grave refractária à terapêutica farmacológica.
Pela sua vasta acessibilidade, rápida disponibilidade e correlação demonstrada com a atividade da doença, a proteína C reativa (PCR) permanece uma ferramenta essencial no manejo da doença de Crohn (DC), nomeadamente na tomada de decisões terapêuticas. No entanto, a correlação com a atividade da DC não é perfeita, tornando-se essencial identificar as características dos doentes que têm simultaneamente doença ativa e PCR negativa.
Os doentes com doença de Crohn (DC) são geralmente submetidos a múltiplos exames de imagem no decurso da doença. A maioria destes exames utiliza radiação ionizante (RI). A exposição a RI está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de tumores.
Uma das principais limitações na utilização dos agentes anti- fator de necrose tumoral (anti-TNF) no tratamento da doença de Crohn (DC) é a ocorrência de não resposta (primária ou secundária) numa percentagem significativa de doentes. O ustecinumab é um anticorpo monoclonal da subunidade p40 das interleucinas 12 e 23, aprovado para tratamento da psoríase em placas e artrite psoriática. Ensaios clínicos têm demonstrado a sua eficácia na indução e manutenção de remissão da DC moderada a grave. O objectivo deste estudo foi descrever a experiência inicial da terapêutica com ustecinumab nos doentes com DC refratária a anti-TNF.
Na doença inflamatória intestinal (DII) a endoscopia tem frequentemente importância na decisão terapêutica e na definição de prognóstico. O score de Rutgeerts permite avaliar a recidiva endoscópica dos doentes com doença de Crohn (DC) submetidos a ileocolectomia. O score Mayo endoscopico avalia a atividade na colite ulcerosa (CU). Contudo variações intra-individuais ocorrem com frequência, sendo a informação clínica do doente um importante factor. Objetivos: Determinar se a informação clínica influencia as pontuações do score Rutgeerts e score Mayo.
A CEP-DII apresenta um fenótipo distinto, com colite extensa ligeira e risco aumentado de cancro colorectal, em comparação com a DII. Este fenótipo pode estar associado a interacções microbioma/sais-biliares (SB) específicas.
A inflamação é a força motriz da doença inflamatória intestinal (DII) e a sua associação com o stress oxidativo e com fenómenos de carcinogénese é globalmente reconhecida. O sistema antioxidante da mucosa intestinal na DII encontra-se comprometido, resultando num aumento da lesão oxidativa. Este sistema antioxidante pode ser o resultado de variações genéticas nos genes antioxidantes, que podem representar factores de susceptibilidade para a DII, nomeadamente doença de Crohn e colite ulcerosa.
A inflamação tem um papel fulcral no dano celular oxidativo e é considerada um fator promotor de carcinogénese. O objetivo foi estudar o dano oxidativo em doentes com doença inflamatória intestinal (DII).
A calprotectina fecal (FCAL) tem sido descrita como biomarcador da cicatrização da mucosa na colite ulcerosa (CU). Este estudo teve como objetivo avaliar a acuidade da FCAL e da lipocalina associada à gelatinase dos neutrófilos fecal (NGAL) para predizer a atividade histológica em doentes com CU em remissão clínica.